Intercambistas do 2º Ciclo do Mais Médicos começam a atuar em 141 municípios baianos.

03/11/2013 22:50

 Ansiedade e solidariedade marcaram o encerramento das atividades pedagógicas coordenadas pela Secretaria da Saúde (Sesab), na tarde desta sexta-feira (1º), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. Os 277 profissionais estrangeiros, que integram o 2º Ciclo do Programa Mais Médicos, participaram do evento e, depois, seguiram para as localidades onde irão atuar. O secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla e o secretário especial de Saúde Indígena do governo federal participaram da cerimônia. Secretários municipais de Saúde e prefeitos também viajaram à capital baiana para conhecer os médicos e encaminhá-los aos respectivos postos de trabalho.

Durante uma semana, eles receberam informações acerca das peculiaridades e serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia. “Os resultados têm superado nossas expectativas. A população tem se manifestado muito positivamente em relação ao trabalho dos profissionais selecionados pelo Mais Médicos no primeiro ciclo”, disse Solla.

Na ocasião, a médica cubana Maurisleydis Pérez declarou estar ansiosa para conhecer a população do município onde irá trabalhar: Livramento de Nossa Senhora. Ela é uma das duas profissionais selecionadas, trabalhar na cidade. “Será uma experiência gratificante. Uma oportunidade maravilhosa para crescer como pessoa, mulher e profissional”.

O prefeito de Livramento, Paulo César Cardoso, garantiu que criará todas as condições necessárias para que o acolhimento de Maurisleydis seja o melhor possível. “É importante criarmos um ambiente familiar, que elas se sintam em casa e possam prestar um bom trabalho na nossa cidade”.

Nesta edição do programa, comunidades indígenas baianas também foram contempladas. Para tanto, dez médicos serão designados para as regiões de Euclides da Cunha, Ilhéus, Itamaraju, Pau Brasil, Paulo Afonso, Ribeira do Pombal, Chorrochó, Rodelas e Porto Seguro. Por esta razão, não apenas os gestores municipais demonstraram satisfação com o incremento de profissionais médicos.

Lideranças indígenas também compareceram ao IAT e declararam apoio à presença dos profissionais nas aldeias. Na oportunidade, índios das etnias Pataxó, Tuxá e Kiriri cantaram em homenagem aos médicos de nacionalidade cubana, espanhola, portuguesa, boliviana e venezuelana. “Você que tá chegando, bem vindo. Seja bem vindo. Só estava faltando você aqui. Só tava faltando você. Irmão, bem vindo à nossa nação”, entoaram os indígenas.

O secretário da Saúde, Jorge Solla estima que, aproximadamente, 2/3 da população indígena nunca teve assistência médica, regularmente. “Temos projeto para construir mais 40 Unidades de Saúde da Família (USF) com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem. Já apresentamos a proposta ao Ministério da Saúde e, nossa intenção é concluir até o final de 2014”, anunciou o secretário.

Antes de realizarem os primeiros atendimentos ao povo indígena da Bahia, os médicos passarão por um treinamento de três dias para conhecerem as peculiaridades e costumes dos primeiros habitantes do Brasil. “Cada etnia tem sua cultura, costume, prática religiosa. É importante que eles aprendam, por exemplo, que têm que 'pedir licença' ao cacique, ao pajé, à parteira, à rezadeira”, explicou o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves.

FONTE: SESAB

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